Tenho aqui uma sugestão para os nossos ilustres governantes... Já que o país está precisando tanto aumentar suas receitas e que, por outro lado, vivemos um momento em que não pegaria nada bem aumentar alíquotas tributárias, somando-se ao fato de que, a menos que se o faça em relação a atos vitais como respirar, tossir, falar ou dormir, não há praticamente mais o que se tributar entre nós, a criatividade dos que legislam nesse sentido sempre alcançou o máximo do imaginável, que tal criar-se o II, o Imposto sobre o Imposto? Sim. Seria um imposto cobrado sobre o ato de se pagar imposto. Em outras palavras, usando um termo mais técnico, mais jurídico, o próprio pagamento de impostos, quaisquer deles, seria o fato gerador deste novo imposto. Assim, todo mundo que paga imposto, ou seja, todo mundo, teria que pagar também esse novo imposto, que seria cobrado sobre o ato do pagamento do primeiro imposto, qualquer imposto. Se pagou imposto, deve imposto. Não seria interessante? Vá lá que poderia surgir alguma confusão no sentido de se definir se o II incidiria também sobre o pagamento dele próprio, II, o que, de fácil conclusão é, geraria um efeito cascata que jamais teria fim, o que, por óbvio, por outro lado, seria, também, não se discute, de extremo interesse do país, que se tornaria, assim, como, aliás, bem sabemos, é afinal da sua natureza, um credor tributário a que jamais se poderia satisfazer, pois sempre haveria o II do II do II do II do II..., o que, igualmente bem sabemos, reverteria de pronto em investimentos em todas as áreas de que a população necessita, como, do mesmo modo, é da natureza do nosso estado sem demora efetivar, além de, é claro, tirar-nos rapidamente desta crise terrível em que nos encontramos. A única coisa que escaparia ao II, é de por fim se registrar, seria a sonegação de impostos, já que, como ao se sonegar impostos impostos não se paga, não se daria, assim, lógico é, o fato gerador. Mas este é um pequeno detalhe que pouco importa. Estou certo de que o II, Imposto sobre o Imposto, além de garantir auspiciosas receitas para o Brasil, seria um tributo com a sua cara, não acham? Um imposto genuinamente brasileiro, notícia não tenho de que haja em outro lugar, e, acima de tudo, com a cara do Brasil!
Gugu Keller
Como dizia Renato Russo, o nosso país tem nome de remédio.
ResponderExcluirPlasil.
Doril.
E dá uma dor de cabeça danada.
Boa semana.
CERTEZA que os que, na câmera, aprovaram o impeachment e a PEC do Fim do Mundo, aprovariam o II...
ResponderExcluirHahaha, ótimo post e ótima visão crítica, Gugu!