quinta-feira, 8 de julho de 2010

Paraíso Perigoso

Como ele mesmo cantou, o tempo não pára! Tanto que ontem, dia 7, completaram-se 20 anos da morte do senhor Agenor de Miranda Araújo Neto, grande, inigualável ídolo da minha geração, gênio, fenômeno, poeta maior. Quanta saudade, quanta falta ele nos faz...! Bem... Se alguém ainda não sabe de quem falo, ele era mais conhecido pelo apelido, Cazuza! Pois é... 07-07-90! 20 anos! E parece que foi ontem, não? Quanta tristeza, quanto sofrimento, e, ao mesmo tempo, quanto coragem e dignidade! Que grande lição ele nos deixou! Que grande coração, que grande espírito, que grande homem! Ainda me lembro da manchete de jornal no dia seguinte... "Fim da resistência"! Foi uma das coisas mais tristes que já vi... Mas ele ainda está aqui, bem agora, entre nós! Eu, por exemplo, sou um que jamais deixarei de apreciar sua obra e de levá-la em sua grandeza ao conhecimento das gerações mais jovens... É! Enquanto eu viver, no pouco que posso fazer, não o deixarei morrer! Até porque é tudo tão atual, não é mesmo? Estou sempre descobrindo coisas novas, sentidos novos em tantos versos tão mágicos... Recentemente, ouvindo "Bete Balanço", uma música de 84, foi que me dei de como é bela a expressão "paraíso perigoso"! Sim, parece incrível mas o fato é que 26 anos depois eu meio que estou apaixonado por essas duas palavras juntas! Daria até um bom nome para um livro, não acham? E um livro, é claro, sobre a noite! Ah, a noite...! Cazuza era tanto da noite, gostava tanto de cantar a noite...! É... "Paraíso perigoso"! E ainda hoje, e hoje ainda mais do que nunca, não é isso exatamente o que a noite é? Que, então, por ele e para ele, Cazuza, ela, a noite, hoje e para sempre se faça, paradisíaca, perigosa e, sobretudo, como amiúde nos seus versos, maravilhosamente fascinante!

Gugu Keller

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