Deitado na cama, vejo-a vir do banheiro de calcinha e sutiã... Ela me sorri aquele sorriso tão lindo, que tanto me toca, aquele sorriso que ela mostra apenas com a face, sem chegar a abrir a boca, sem mostrar o brilho dos dentes, um sorriso intrínseco, insinuado, insinuante, monalisicamente só dos seus olhos, e, cheia de doçura, de paz, de poesia, de uma presença leve que só ela tem, leva as suas mãos às costas e abre o fecho do sutiã. Lentamente, como que num ritmo a me hipnotizar, tira-o então, mostrando-me, junto com o incessante e cada vez mais doce sorriso em seu rosto, o claro da pele morna de seus peitos, o róseo suave dos seus mamilos. Pontas perfeitas. Protuberâncias poéticas da perfeição. A seguir, curvando o tronco um pouco para a frente, mas sem perder aquela cadência silenciosa que me envolve, sem parar a dança em que parada rumo ao ápice evolui, tira, ainda e sempre me apontando os olhos sorridentes quase sóis, livra-se enfim da peça mais íntima. Uma perna, outra e está feito. É, pronto. Pendura-os ambos num gancho na parede e novamente sou cúmplice da sua intimidade. Novamente sou o escolhido, o homem mais rico do mundo. O dono, o rei, o mais feliz. Um menino diante do mar. Sístole, diástole, síncope e luz. Prece, plenitude, pele, poros, paladar. É. Eis, diante de mim, o total.
Se nos amamos naquela noite? Já nem sei... Foi tão lindo vê-la ali despindo-se para mim... Quem dera aquela cena ficasse se repetindo... Segundos eternos... Quem dera se passassem, depois recuassem e voltassem a cabo... Quem dera para sempre... Acho que chorei... Ela até me perguntou, a cabeça encostada ao meu ombro, o porquê... Não soube lhe dizer... A beleza daquilo foi tanta, tanta, tanta, tão além, aliás, destas pobres e débeis palavras, que restou-me, com mais intensidade do que em qualquer outro momento, chegar ao clímax... Ao clímax do clímax do clímax do clímax! É! Sim! Eu, ateu, diante dela ali cheguei a deus! Um clímax diferente, maior, em que lágrimas foram só o que de mim verteu...! Como ela é linda, como ela é linda, como ela é linda...!
Se nos amamos naquela noite? Já nem sei... Foi tão lindo vê-la ali despindo-se para mim... Quem dera aquela cena ficasse se repetindo... Segundos eternos... Quem dera se passassem, depois recuassem e voltassem a cabo... Quem dera para sempre... Acho que chorei... Ela até me perguntou, a cabeça encostada ao meu ombro, o porquê... Não soube lhe dizer... A beleza daquilo foi tanta, tanta, tanta, tão além, aliás, destas pobres e débeis palavras, que restou-me, com mais intensidade do que em qualquer outro momento, chegar ao clímax... Ao clímax do clímax do clímax do clímax! É! Sim! Eu, ateu, diante dela ali cheguei a deus! Um clímax diferente, maior, em que lágrimas foram só o que de mim verteu...! Como ela é linda, como ela é linda, como ela é linda...!
Gugu Keller
Altamente sensual.
ResponderExcluirGostei
Que poético!
ResponderExcluirMas o amor é isso! É poesia (ou apenas sexo).
Obrigado, amigas!
ResponderExcluirE como foi lindo esse texto...!
ResponderExcluirThanx, Lari!
ResponderExcluirRealmente lindo *palmas*
ResponderExcluirParece que você encontrou a poesia que havia se perdido na sensualidade... Incrível.
ResponderExcluir* . *
Muito obrigado!
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